Sem certificação mínima exigida pela CBF, Lisca pode ser punido por clubes da Série A

A formação teórica de técnicos de futebol, antes conhecida como uma realidade apenas europeia, está dando seus primeiros passos no Brasil. Lisca, técnico do Ceará, é um dos dois treinadores de clubes da Série A em 2019 - junto a Renato Gaúcho, do Grêmio - que não possuem a certificação que está sendo exigida pela Confederação Brasileira de Futebol.  

De acordo com o Manual do Licenciamento, lançado pela CBF em 2018, todos os treinadores da primeira divisão precisam ter uma das certificações oferecidas pela entidade. As licenças que estão de acordo com o regulamento são: Honorária, que é concedida a técnicos com mais de 60 anos e mais de 50 pontos nos critérios da Conmebol, que ranqueia passagens por clubes e seleções; Pro e A, que são para profissionais que já possuem experiência em equipes profissionais ou tenham formação em cursos anteriores da CBF.

Entretanto, a decisão de punir Lisca cabe apenas aos clubes, na reunião do Conselho Técnico da Série A, que geralmente se realiza em fevereiro e serve para definir regras do ano. A CBF se limita a dar apenas uma advertência aos técnicos, caso a exigência não seja cumprida - informação dada pelo diretor de Registro, Transferência e Licenciamento de Clubes da CBF, Reynaldo Buzzoni, em publicação da Folha de São Paulo.
 
Ainda segundo a matéria, Lisca faria o curso, mas isso acarretaria na perda de algumas rodadas no comando do Alvinegro. Em fevereiro, os estudos deixariam o técnico fora de duas partidas do Estadual, uma da Copa do Nordeste e, possivelmente, uma da Copa do Brasil.

O presidente do Ceará, Robinson de Castro, em entrevista também à Folha de São Paulo, confirmou o interesse do clube na participação do treinador alvinegro no curso. "Mais cedo ou mais tarde o Lisca vai fazer. Tudo se ajusta. Ainda nem sabemos os dia de jogos do Ceará no Estadual. Vamos entrar na segunda fase [do estadual], a tabela não está definida", comentou o dirigente sobre o acordo feito com outros clubes do Estado para que Ceará e Fortaleza entrem no campeonato apenas em um segundo momento, devido ao calendário apertado no início do ano.

Fonte- O povo

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