O candidato do PSL à presidência da República,
Jair Bolsonaro, entrou com um pedido de
impugnação da candidatura do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira, no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esta é a quarta
petição contra o registro do petista como
candidato ao Palácio do Planalto.
O documento, primeiro registrado por um dos
concorrentes à Presidência, pede celeridade no
julgamento que pode barrar a candidatura de Lula. Para os advogados do
capitão da reserva do Exército, a inelegibilidade do ex-presidente ”decorre de
prova exclusivamente documental”. “É do conhecimento geral que o pretenso
candidato Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado”, diz a ação. Em outro trecho,
o pedido ressalta que ”restou comprovado que o ex-presidente da República
participou de um grande esquema de corrupção”.
No pedido, Bolsonaro arma,
ainda, que “não se desconhece o clamor popular
que desperta a candidatura ora impugnada”, mas acrescenta que ”o fato de que
o candidato em questão, com o apoio dos seus seguidores, vem adotando uma
postura de vítima de um sistema judicial que considera parcial e perseguidor,
levantando dúvidas acerca da legitimidade do processo que culminou com a
sua condenação, bem como da inviabilidade da candidatura ora impugnada”.
Uma eventual impugnação da candidatura de Lula deve beneficiar
Bolsonaro.
Em um cenário sem a presença do ex-presidente, conforme levantamento do
Instituto Paraná Pesquisas, o representante do PSL no pleito lidera com 23,9%,
seguido por Marina Silva (Rede), com 13,2%, e Ciro Gomes (PDT), com 10,2%. A
pesquisa ouviu 2 002, de 09 a 13 de agosto, em 168 municípios nos 26 estados e
no Distrito Federal. Registrada sob o número BR -02891/2018, a margem de erro
é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos.
Outros três pedidos semelhantes
A ação protocolada por Bolsonaro é a quarta contra a candidatura de Lula. Na
noite desta quarta-feira, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge,
alegou, em seu pedido, que o petista não pode ser candidato, uma vez que foi
condenado em segunda instância por um órgão colegiado. Também entraram
com ação o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), um dos líderes do
Movimento Brasil Livre (MBL), e o ator e candidato a deputado federal
Alexandre Frota. “Resta evidenciada a impossibilidade de participação do
impugnado no pleito eleitoral até mesmo diante de sua ausência na convenção
partidária”, disse Frota.
Fonte: Veja
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