O preço médio da gasolina nas refinarias
está
nesta sexta-feira, 24, no maior nível desde a
máxima de 2,0867 reais por litro registrada em 22
de maio, no início dos protestos de
caminhoneiros que afetaram a economia do país
como um todo. A cotação chegou a 2,0544 reais
por litro, valor que será mantido nas refinarias
também no sábado, 25, segundo informações no
site da Petrobras.
Os reajustes fazem parte de uma sistemática adotada há pouco mais de um ano
pela Petrobras, a qual busca se espelhar no mercado internacional e no câmbio,
dentre outros fatores, para que a companhia siga alguma paridade externa e
não perca “market share” no Brasil.
A escalada nos preços da gasolina se dá diante de uma disparada do dólar ante
o real nas últimas semanas, bem como uma explosão, seguida de produção
interrompida, na Replan, a principal refinaria
da Petrobras, localizada em
Paulínia (SP).
Na véspera, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) disse que a Replan, que tem
capacidade para processar mais de 400 mil barris por dia, retomaria
parcialmente as atividades nesta sexta-feira. Não havia informação de que isso
já teria acontecido.
Procurada para comentar a alta da gasolina nas refinarias,
a Petrobras não
respondeu de imediato.
Em campanhas recentes, a companhia vinha destacando que o preço do
combustível nas refinarias
representava cerca de um terço do valor nas bombas,
sobre o qual incidem tributos e é formado conforme estratégia de
distribuidores e revendedores.
Além disso, a Petrobras também frisa que não tem o poder de formação de
preços da gasolina, que oscilam ao sabor de outras variáveis.
A política de reajustes da Petrobras esteve no cerne dos protestos de
caminhoneiros, uma vez que o diesel, combustível mais consumido do país,
atingiu patamares recordes pouco antes das manifestações.
Desde junho, o diesel está com seu valor congelado nas refinarias,
a 2,3016 reais
por litro, graças a um subsídio do governo.
Fonte: Reuters
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