BRASÍLIA
O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) apresentou projetos e defendeu em discursos nas últimas décadas a
esterilização dos pobres como meio de combater a criminalidade e a miséria.
No último dia 23, ele afirmou na marcha dos prefeitos a Brasília que estuda colocar no seu plano de governo
uma proposta de planejamento familiar, mas não a detalhou.
“Não estou autorizado a falar isso, que botei na mesa, mas eu gostaria que o Brasil tivesse um programa de
planejamento familiar. Um homem e uma mulher com educação dificilmente vão querer ter um filho a mais
para engordar um programa social.”
Nas dezenas de discursos que ele proferiu sobre o assunto, na Câmara, nos últimos 25 anos, defendeu a adoção
pelo Estado de um rígido programa de controle de natalidade, com foco nos pobres.
Segundo o pensamento que manifestou nesse período, seria o caminho para a redução da criminalidade e da
miséria.
No passado, Bolsonaro manifestou que programas como Bolsa Escola e Bolsa Família serviriam apenas para
incentivar os pobres a ter mais filhos e, com isso, aumentar a fatia que recebem de benefícios.
“Só tem uma utilidade o pobre no nosso país: votar. Título de eleitor na mão e diploma de burro no bolso, para
votar no governo que está aí. Só para isso e mais nada serve, então, essa nefasta política de bolsas do governo”,
afirmou em novembro de 2013 no plenário da Câmara.
Em 1992, seu terceiro ano como deputado, ele já falava sobre o tema. “Devemos adotar uma rígida política de
controle da natalidade. Não podemos mais fazer discursos demagógicos, apenas cobrando recursos e meios do
governo para atender a esses miseráveis que proliferam cada vez mais por toda esta nação.”
ano seguinte, voltou à carga, também na Câmara: “Defendo a pena de morte e o rígido controle de natalidade,
porque vejo a violência e a miséria cada vez mais se espalhando neste país. Quem não tem condições de ter
filhos não deve tê-los. É o que defendo, e não estou preocupado com votos para o futuro”.
Bolsonaro afirmava em seus discursos não acreditar que a educação pudesse solucionar os problemas do país.
“Não adianta nem falar em educação porque a maioria do povo não está preparada para receber educação e não
vai se educar. Só o controle da natalidade pode nos salvar do caos”, disse em julho de 2008
Fonte Plantão Brasil
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