Padre aparece em vídeo agredindo suspeito de furtar igreja em Itaiçaba, no Ceará

Um homem suspeito de furtar a igreja de Itaiçaba, no litoral leste do Ceará, foi capturado e agredido por moradores e pelo pároco da cidade, Juciêr Alves. Em imagens feitas por populares, o padre (de camisa escura e calça), aparece puxando os cabelos e pisando no suspeito, enquanto outros homens o agridem com chutes e tapas. Alves diz que foi ao local para evitar linchamento e minimiza as cenas de agressão. “Se a gente analisar, não é uma atitude agressiva. A gente reagiu compulsivamente”, alega o padre.
De acordo com a Polícia Militar de Itaiçaba, o suspeito invadiu a igreja, tentou arrombar o cofre e teria levado dinheiro da urna onde são depositadas doações de fiéis. Após capturar e agredir o homem, a população acionou a polícia, que o encaminhou para a Delegacia de Aracati. O caso ocorreu na última quinta-feira (21).

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O pároco não quis confirmar se o suspeito havia levado algo de valor da igreja. À frente da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem há três anos, ele afirma que se trata de um “fato isolado e atípico”. 
As cenas das agressões provocaram indignação em representantes de entidades religiosas e associações populares, que se manifestaram por meio de uma nota de repúdio contra a atitude do pároco.
“Por acreditarmos que Jesus Cristo é Misericordioso, nós Integrantes da Pastoral da Juventude do Meio Popular – PJMPAssociação Quilombola do Cumbe – Aracati/CEOrganização Popular – OPA, e demais grupos e coletivos, vêm a público manifestar veemente repúdio às agressões realizadas pelo pároco da paróquia de Itaiçaba Padre Juciêr Alves para com um jovem que na sua fala foi acusado de ter furtado dinheiro da Igreja de Itaiçaba”, diz a nota.
De acordo com o manifesto, a “atitude demonstra querer realizar justiça com as próprias mãos, postura contrária às orientações dadas a um presbítero”.
O padre Juciêr Alves se justifica afirmando ser um “caso consolidado” com a polícia e a igreja. De acordo com ele, populares o procuraram após o ocorrido para se solidarizar
Fonte Diário do Nordeste

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