Polícia prende falsa médica minutos antes de aplicação estética em motel

Denúncia anônima levou a polícia a prender em agrante Darley Marinho Ladaga, mulher trans conhecida como Dani, minutos antes de ela começar procedimento estético numa cliente num motel de Niterói, Região Metropolitana do Rio. Dani não tinha qualquer formação em Medicina. A prisão foi na noite desta quinta-feira (1). Nas redes sociais, Dani divulgava seus serviços e prometia “a solução para sua autoestima”. Segundo a polícia, a falsa médica aplicava silicone industrial em glúteos há cerca de três anos – mas às clientes dizia trabalhar com produtos legais. A delegada Raissa Celles conta que sua equipe chegou instantes antes de um procedimento. “O próprio autor confessou não possuir qualquer formação em medicina ou enfermagem. O material que seria utilizado seria silicone industrial, cujo uso é proibido no corpo humano”, armou Raissa. “Esse material é usado para limpeza de veículos, de vidros. Não é permitido que seja injetado no corpo humano, sob pena de causar sérios danos à saúde”, emendou. Na delegacia, a falsa médica confessou o crime e explicou como fazia o procedimento. Ela conta que finalizava as aplicações com esmalte, e até, com supercola. Dani vai responder por exercício ilegal da Medicina e estelionato, porque enganava as clientes, ao dizer que aplicaria um produto autorizado em procedimentos estéticos. Nesta outra página de Dani, uma cliente pergunta: "Qual produto é usado? Meu corpo pode rejeitar?" E Dani responde: "Artell, amor". Diferentemente do silicone industrial, o Artell é um produto autorizado em procedimentos estéticos. Mas, segundo a polícia, era silicone industrial. Ela disse que se arrepende do crime. "Não tenho nada. Se eu prejudiquei alguém, eu peço desculpa. Mas sempre trabalhei com amor". Procura por outra médica A polícia procura a massoterapeuta responsável pelo procedimento na jovem Angela Pedrosa. A comerciante está internada em estado gravíssimo no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, com infecção generalizada.
Segundo a Polícia Civil, Simone Costa deve se apresentar na próxima terça-feira. Ela pode responder por lesão corporal gravíssima e exercício ilegal da profissão, já que não é médica para realizar este tipo de procedimento. Investigadores já sabem que Angela viu um anúncio onde a mulher se apresentava como médica e decidiu contratá-la. Outras clientes que também zeram o mesmo procedimento com Simone devem ir à delegacia nesta sexta feira, para registrar boletim contra a massoterapeuta. Elas alegam que sofreram sequelas e que convivem com dores mesmo meses ou até um ano depois da aplicação do produto. Angela fez um preenchimento nos glúteos, pela segunda vez, no último dia 17. O procedimento foi na casa da comerciante e, logo depois, a comerciante começou a passar mal. De acordo com parentes, a responsável pelo preenchimento fez aplicações de analgésico em Angela, mas de nada adiantou.
 Fonte: G1

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