Ao deliberar sobre afastar ou não o chefe do Executivo nesta terça-feira (2), vereadores de oposição justificaram a ação com o que diz a Lei 12/550 de 27/12 de 1995, de que a votação ocorra na mesma sessão em que uma CPI é instaurada.
Pedidos de investigação
Mais cedo, foram apresentadas e aceitas duas CPIs para investigar o prefeito e o vice-prefeito, Giovanni Sampaio (PSD). No primeiro caso, a investigação quer apurar se há nepotismo na Prefeitura, com supostas nomeações de cargos ligados à família de Glêdson.
No segundo documento, os parlamentares aceitaram abrir apuração para analisar se Giovanni Sampaio teria "furado a fila" de vacinação da Covid-19. Como médico, o vice-prefeito foi um dos primeiros a se vacinar no município.
Com a aprovação das duas CPIs, o vereador Capitão Vieira (PTB), que faz parte do grupo de oposição, alertou que, conforme as regras da Casa, o afastamento do prefeito deveria ser votado também. O presidente da Câmara, então, suspendeu os trabalhos por cinco minutos para analisar o texto junto ao setor jurídico.
Afastamento negado
Após a retomada da sessão, os parlamentares iniciaram a votação e, por unanimidade, decidiram não afastar o prefeito.
“Acho precoce o afastamento no momento. Ele ou qualquer um tem direito à defesa, mas a lei diz que tem que colocar (a votação) na primeira sessão em que foi instaurada a CPI”, argumentou o presidente.
O primeiro encontro dos vereadores este ano foi marcado por críticas ao prefeito. Em maior número, os vereadores do lado opositor acusam o atual gestor de não abrir diálogo com a Câmara.
A reportagem tentou contato com o prefeito Glêdson Bezerra e com o vice, Giovanni Sampaio, mas as ligações não foram respondidas até a publicação desta matéria. Fonte DN
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