Maguila recorre a canabidiol para controlar doença degenerativa no cérebro


Parar de lutar nunca foi uma opção para José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila. Depois de muito tempo nocauteando oponentes pelo mundo, um adversário invisível começou a ameaçá-lo e, deste, ele não podia se esquivar. Há anos sendo golpeado duramente pela Encefalopatia Traumática Crônica, ele encontrou um novo aliado para combater a doença: a medicina canábica — isto é, com substâncias encontradas na planta cannabis, popularmente conhecida como maconha. 

Com pequenas doses diárias, o campeão parece voltar a ter qualidade de vida naquela que é sua luta mais longa até aqui. A doença de Maguila, resultado de quase 20 anos de dedicação ao boxe, foi tomando conta da cabeça e se revelando em sinais nada sutis: o campeão dos ringues passou a querer brigar fora deles também. O peso-pesado, que sempre teve o riso fácil como marca registrada, ficara agressivo.

O problema dos rivais invisíveis é que eles não cedem quando o árbitro abre contagem. Nos últimos anos, apesar da doença sem cura ter sido controlada, Maguila ficara ausente, lento, esquecido, preguiçoso e abatido. Com acompanhamento médico especializado, Maguila e sua família agora celebram os bons resultados do tratamento alternativo com canabidiol.

Vivendo há três anos no Centro Terapêutico Anjos de Deus, clínica em Itu, no interior paulista, Maguila, atualmente com 62 anos, tem uma rotina regrada e permeada de atividades que remetem ao auge da vida como lutador. Toma café pela manhã, faz fisioterapia, assiste a vídeos de lutas antigas — dele mesmo e de colegas de ringue — e, claro, proseia. As histórias que mais gosta de contar são da lendária luta contra Evander Holyfield e a amizade com o narrador Luciano do Valle.

Fonte: Uol





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