Ministro da Educação: crianças com deficiência "atrapalham" outros estudantes

 
Na entrevista que concedeu ao programa Novo Sem Censura, da TV Brasil, no último dia 9, o Ministro da Educação Milton Ribeiro criticou as diretrizes do processo de inclusão na educação do País. Para ele, estudantes com deficiência “atrapalham” o aprendizado de outros alunos.

"No passado, primeiro, não se falava em atenção ao deficiente. Simples assim. Eles fiquem aí e nós vamos viver a nossa vida aqui. Aí depois esse foi um programa que caiu para um outro extremo, o inclusivismo."

O ensino inclusivo é regulamentado por lei no Brasil. Pela determinação seguida no País, escolas tanto da rede particular quanto da pública devem receber estudantes com deficiência, sendo proibida a limitação de matrícula e exigências adicionais (no caso de escolas particulares, por exemplo, é vetada a cobrança adicional pelas adaptações). Os estabelecimentos educacionais devem ter equipe capacitada para garantir o auxílio a crianças e adolescentes com deficiência que estudem no local, além de estrutura física adaptada às diferentes necessidades.

Uma das primeiras ações de Jair Bolsonaro (sem partido) na presidência foi desativar a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi). O órgão, que era vinculado ao Ministério da Educação, trabalhava a inclusão da diversidade entre os critérios educacionais no Brasil.

Recentemente, Bolsonaro tentou instituir por decreto uma mudança na política de educação para pessoas com deficiência, priorizando as chamadas "escolas especiais" em detrimento da inclusão destas pessoas na rede de ensino regular. Criticado por especialistas, familiares e pessoas com deficiência, o decreto foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Milton Ribeiro disse que universidade "deveria ser para poucos"

O ministro também afirmou, na mesma entrevista, que a “universidade deveria ser para poucos” ao defender a ampliação do ensino técnico nos institutos federais. Segundo Ribeiro, os profissionais graduados em cursos tecnólogos serão a “grande vedete” do futuro.

“Tem muito engenheiro ou advogado dirigindo Uber porque não consegue colocação devida. Se fosse um técnico de informática, conseguiria emprego, porque tem uma demanda muito grande”, pontuou o ministro.

Ministro da Educação defende volta de aulas presenciais

Assim como em outras ocasiões, Ribeiro voltou a defender o retorno das aulas presenciais nas escolas públicas de todo o Brasil. Para o ministro, o assunto virou palco para conflitos ideológicos. Fonte: O Povo.




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