PT no Ceará deverá "ser outro", após passagem de Lula

 


          O ex-presidente está atento ao esvaziamento do partido no Estado 

Apesar de seus 75 anos, Lula não perdeu o jeito único de fazer política. Bastaram algumas horas para o maior nome nacional do partido perceber que o PT no Ceará está longe de outrora.

"Cadê o Pimentel"? Perguntou Lula, não por saudade de seu ex-ministro, mas como forma de sinalizar que está atento ao esvaziamento do partido no Ceará.

Para a reunião política desta segunda-feira (23), Lula possui alguns incômodos números. O partido que já teve 30 prefeituras no Estado, como Fortaleza, Sobral, Juazeiro do Norte e Quixadá, hoje conta com apenas 18 municípios, sendo os de maiores expressões Crato e Itapipoca. Também houve perda de cadeira no Senado, na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.

É bem verdade que o partido hoje possui o governador Camilo Santana, mas isso não garantiu o PT no staff da administração estadual. Dos 19 secretários, apenas Francisco de Assis, no Desenvolvimento Agrário (SDA), indicação do deputado federal José Guimarães. Poderia-se somar Artur Bruno, do Meio Ambiente (Sema), mas o secretário se licenciou do partido para apoiar candidatura contra o PT.

Lula tem sinalizado em sua visita ao Ceará o desejo de ter uma candidatura própria do partido ao Palácio da Abolição, além de ver Camilo Santana no cumprimento de seu mandato até dezembro do próxima ano, como forma de garantir um "palanque leal" ao PT no Estado.

Nesse sábado (21), o ex-presidente destacou a campanha de 2002 ao Governo do Ceará, diante do slogan "Lula lá e José Airton cá", além da gestão Luizianne Lins à frente da Prefeitura de Fortaleza. Lula também ressaltou o exemplo de Icapuí, quando José Airton era prefeito do município, que gerou modelos na educação e saúde país afora.

Na reunião política de amanhã, Lula deverá esclarecer algumas sinalizações e botar para funcionar o palanque leal.

Por Eliomar de Lima Jornal o Povo

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