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A casa, que fica no sub-bairro de Cosmos, tem os
muros vermelhos e está caracterizada para a campanha, foi alvejada duas vezes.
Os disparos atingiram o portão de alumínio da entrada e uma parede interna. Não
houve vítimas. O ataque ocorreu na madrugada do domingo, último dia 9.
Os dois projéteis encontrados pelos integrantes do
PT e imagens da câmera de segurança, que teria registrado ao menos um dos
disparos, foram entregues aos policiais civis, que analisam o material.
A Polícia Civil confirmou o caso ao Estadão/Broadcast,
sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, e informou que
"diligências estão em andamento para apurar a autoria e a motivação dos
disparos".
A vice-presidente do PT municipal, Catarina Matos,
testemunha no registro de ocorrência, diz que o disparo filmado aconteceu às
00h31 do domingo, 9 de outubro. A marca, porém, só foi notada cinco dias
depois, na manhã da quinta-feira, 13, quando um integrante chegou para atividades
de campanha. Nas imagens, o suposto atirador é um homem de moto. A câmera não
teria registrado o segundo disparo. Segundo Catarina, membros do partido buscam
imagens de câmeras nos arredores.
No primeiro turno, nas quatro zonas eleitorais de
Campo Grande, o presidente Jair Bolsonaro (PL) teve entre 56% e 58% dos votos
válidos, enquanto Lula teve entre 33% e 35%. De acordo com Catarina, há
hostilidades pontuais, que nunca excedem ofensas verbais, e o grupo do PT local
tem feito campanha normalmente na região.
O presidente do PT no Rio de Janeiro, João Freitas,
emitiu nota sobre o caso, em que define como "inaceitável" a escalada
de violência no Brasil durante as eleições.
"Situações como essa vêm sendo estimuladas
cotidianamente pelo discurso e a política de ódio alimentada pelo Presidente da
República e seus aliados, que pregam o enfrentamento, o conflito, o ódio, as
armas, o desprezo pela democracia e o ataque a adversários políticos", diz
Freitas no documento. Ele cobra providências da Polícia e do Poder Judiciário.
O PT do Rio convocou um ato contra a violência
política próximo ao local, em Campo Grande, para este domingo, às 11 horas. O Povo
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