O processo foi movido após a doadora e filha ingressaram com ação judicial alegando que o ato comprometeu a subsistência da família. A mulher afirma que realizou diversos depósitos financeiros — oriundos de indenização trabalhista de 30 anos — por acreditar que seria uma forma de validar sua fé.
Depois de doar os R$ 204 mil à Igreja Universal, a mulher disse que “começou a consultar outras pessoas e ver outros vídeos de outros líderes religiosos, percebendo que sua fé não dependia de realizar sacrifícios que impusessem a ela e sua família uma situação de vulnerabilidade financeira”.
"A coautora foi vítima de coação na realização das doações à ré, [...] considerando as pressões psicológicas empreendidas pelos membros da organização religiosa para realização de tais ofertas na campanha denominada Fogueira Santa", justificou o juiz da 4ª Vara Cível em sentença de março de 2022.
Posicionamento da Igreja Universal
Em nota, a Igreja Universal afirmou que irá recorrer da decisão da Justiça. A Igreja argumenta que os pedidos de oferta são feitos dentro da lei e que "não é possível qualquer tipo de intervenção do Estado -- incluindo o Poder Judiciário -- na relação de um fiel com sua Igreja".
Ademais, a Igreja Universal alega que a fiel é "totalmente capaz de assumir suas próprias decisões" e "conhecia profundamente seus rituais litúrgicos".
O Povo
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