Ex-prefeito de Jaguaretama (CE) é acusado de violência política de gênero contra vereadora


A vereadora de Jaguaretama Samylla Férrer (PSDB) denunciou o ex-prefeito da cidade Glairton Cunha por violência política de gênero. Atualmente, ele é secretário de Articulação Política da Prefeitura, que é comandada por seu sobrinho, Dr. Marcos Cunha (PSB).

Ao criticar projeto de lei apresentado por Samylla, que é oposição à gestão municipal, Glaírton afirmou que a vereadora "parece mais especializada nas seções de variedade: moda, beleza, tendências, e celebridades". A publicação, feita nos stories do Instagram do ex-prefeito, alegava que a vereadora não conhece a Constituição — "deve ter achado que era um catálogo de moda" — e não sabe interpretar a Carta Magna de Jaguaretama: "só se for confundindo com o horóscopo da revista". 

"Essa vereadora da oposição, se já abriu uma Constituição na vida, deve ter achado que era catálogo de moda. Interpretar a nossa Carta Magna? Só se for confundindo com o horóscopo da revista", escreveu. "Na verdade, parece mais especializada nas seções de variedades: moda, beleza, tendências, e celebridades. Porque quando o assunto é lei, ela se perde até no prefácio. Mas vereadora, você sabe o que é o prefácio?", completou.

Após a acusação por violência política de gênero, o ex-prefeito fez nova publicação, afirmando que essa seria uma "estratégia da oposição para denegrir a imagem da gestão" e disse que houve "a distorção de falas para alimentar narrativas político-eleitorais" (leia nota na íntegra no final do texto).

"Minha recente manifestação nas redes sociais sobre o projeto da vereadora Samila Férrer teve caráter político, técnico e jurídico, e não teve qualquer intenção de ofensa pessoal ou de gênero. Lamento que minhas palavras tenham sido interpretadas como misóginas. Rejeito com veemência essa associação", ressaltou.

Presidente da Frente Parlamentar de Combate à Violência Política de Gênero, a deputada estadual Larissa Gaspar (PT) disse que o colegiado "tomará as providências cabíveis para garantir a construção de ambientes políticos democráticos, nos quais todas as pessoas possam exercer suas funções com autonomia, respeito e liberdade".

A Frente Estadual de Mulheres na Política do Ceará também publicou nota de repúdio a atitude de Glairton Cunha. "Ataques como esse não apenas tentam calar uma mulher eleita democraticamente, mas também afrontam o direito de toda a sociedade a uma política plural, ética e respeitosa",

FONTE DN







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