Uma frente formada por cinco partidos de esquerda e dez entidades do movimento popular vai realizar neste domingo (21), em Juazeiro do Norte, uma manifestação contra a chamada PEC das Prerrogativas, também conhecida como PEC da Blindagem, aprovada na última terça-feira (16) na Câmara dos Deputados. A concentração está marcada para as 9h da manhã, no Mercado do Pirajá, na Av. Castelo Branco.
O ato faz parte de uma série de mobilizações que ocorrerão simultaneamente em diversas capitais do país, tanto contra a PEC quanto contra o projeto de anistia atualmente em discussão no Congresso Nacional. Em Juazeiro, a articulação foi iniciada pela Unidade Popular (UP), ainda na manhã da última quinta-feira (18).
Segundo Sued Carvalho, presidenta estadual da UP, a mobilização tem caráter pedagógico e popular:
“Nós sentimos a necessidade de conversar com as pessoas nas ruas sobre o que está acontecendo, pois entendemos que apenas a mobilização popular será capaz de barrar essa PEC e outros ataques”.
Frente ampla e unificada
Na noite da quinta-feira (18), representantes de outros partidos decidiram consolidar uma frente conjunta em torno da pauta. Estão na linha de frente do movimento o PT, PCdoB, PCB, PSOL e UP, além de dez entidades estudantis e sindicais, entre elas: Central de Movimentos Populares (CMP), UJC, JPT, Levante Popular da Juventude, Sintraf, SISEMJUN, SINTSEF e SEC.
Críticas à proposta
Para os organizadores, a PEC representa uma ameaça à democracia ao criar barreiras para a investigação de parlamentares. Ademar Mota, presidente do Instituto Morar Bem, dirigente da CMP e filiado ao PT, reforçou a gravidade da medida:
“Nós tivemos uma reunião com a comissão que está organizando as entidades de várias organizações do Crajubar, onde deliberamos essa atividade em um local de grande circulação de pessoas e trabalhadores, propício para que a gente possa mostrar a realidade. Objetivamente, esta proposta diz que deputados e senadores não podem ser investigados pelo STF. A gente enxerga isso como desrespeito e absurdo, um tapa na cara da sociedade”.
Mobilização no Cariri
A escolha do Mercado do Pirajá como ponto de partida reforça a intenção dos organizadores de dialogar diretamente com trabalhadores e população local. Para eles, o ato vai além de um protesto, sendo também um espaço de esclarecimento sobre os impactos da proposta e um chamado à resistência popular.
0 Comentários