As manifestações organizadas pelas mulheres
em todos os 26 estados do país e no Distrito
Federal no sábado (29), sob o lema #EleNão, em
referência ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), e a
polarização entre o militar reformado e o petista
Fernando Haddad, candidatos da direita e da
esquerda que lideram as pesquisas de intenção
de voto, marcaram o debate entre os
presidenciáveis realizado na noite deste
domingo (30), pela TV Record, o penúltimo antes
do primeiro turno, em 7 de outubro. O próximo encontro está marcado para o
dia 4, na rede Globo, em horário ainda não divulgado.
O encontro teve a participação de Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo
(Patriota), Ciro Gomes (PDT), Haddad, Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme
Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede). Bolsonaro foi
convidado, mas, devido ao seu estado de saúde, não participou. Ele se recupera
em sua casa, no Rio, de uma facada recebida durante um ato de campanha, em
6 de setembro, em Juiz de Fora (MG). O capitão da reserva passou por duas
cirurgias e não deve participar do encontro na Globo.
No primeiro bloco, os candidatos centraram as críticas no capitão da reserva,
que lidera as pesquisas de intenção de voto. Ciro criticou sua ausência e sua fala
de que não aceitará o resultado das urnas, caso saia derrotado. “Não se pode
entrar no jogo para ganhar de qualquer jeito. O Bolsonaro fala muito grosso,
mas tem momentos em que amarela”, armou
Marina. Meirelles também disse
que o ódio não cria empregos, em referência ao candidato do PSL. Alckmin, que
vem tentando desconstruir a imagem do deputado em suas propagandas na TV
foi quem mais tentou evidenciar a polarização entre PT e Bolsonaro, dizendo
que o votar no militar reformado é trazer de volta ao poder o partido de Lula.
De olho no voto da esquerda, Ciro fez críticas a Haddad tentando equiparar o
projeto do ex-prefeito de São Paulo de modernização da Constituição à
proposta do general Mourão, vice de Bolsonaro, de reescrevê-la apenas com
notáveis. O petista, que teve uma participação discreta no encontro, lembrou
que lutou a vida toda pela democracia. Também partiu de um candidato da
esquerda, Guilherme Boulos, a crítica às alianças do candidato de Lula com
Renan Calheiros, em Alagoas, e Eunício Oliveira, no Ceará, ambos do MDB.
Haddad armou
que apenas encontrou Eunício e que não fechou acordos com
ele.
Todos os candidatos aproveitaram a onda de protestos organizados por
mulheres no sábado para defender a bandeira que elas encampam. Eles
armaram
ao longo de todo o debate apoiar os atos contra Bolsonaro,
considerado por alguns candidatos como uma aula de democracia, e políticas
públicas que visam a igualdade de gênero.
Fonte: Veja
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