Crucifixo baseado em estudos no Sudário, por Juan Manuel Miñarro, Universidad de Sevilla
As marcas da humilhação e dor que os homens provocaram no Filho de Deus estão marcados no Santo Sudário.
Ambas as sobrancelhas estavam inchadas, a pálpebra direita foi rasgada, o nariz teve a cartilagem quebrada, o Filho do Homem recebeu muitos golpes no rosto que lhe fizeram estourar algumas veias, e ainda se pôde constatar que uma parte da barba lhe foi arrancada.
A flagelação também está impressa no Santo Sudário. Foram contados cerca de 120 golpes do temível flagrum, instrumento de tortura romano parecido com um chicote, mas com bolinhas de chumbo ou então ossos, que dilaceravam a pele, em suas costas, peito, ventre e principalmente nas coxas. Todos os golpes foram por trás.
Foi constatado que sua coroa de espinhos era longos e pontiagudos, e que foi colocado em sua cabeça a pauladas. Foram encontrados mais de 70 furos provocados pelos espinhos em sua cabeça, um espinho ainda perfurou sua pálpebra.
Seus ombros foram dilacerados, provavelmente pelo peso da cruz. Vale lembrar que se tratava da madeira vertical da cruz, mas ao contrário do que se costuma imaginar, não era uma madeira acabada, lixada. Ela continha farpas que iam lhe perfurando os ombros, e foram encontrados ainda tracos de madeira no lençol. Estima-se que o peso da cruz (apenas o travessão) era de 45 quilos. Na altura dos joelhos foram encontradas partículas de terra misturada com sangue, consequência das quedas que Jesus sofreu no percurso até o calvário, além dos açoites, humilhações, espasmos de dor, cusparadas. Preço que pagou por ter amado a todos.
Todos os traços do caminho até a gólgota estava lá, inclusive a marca de que Verônica enxugou seu rosto. É nítido, através da linha do sangue, que em seu rosto foi enxugado, mas não a sua testa, ou seja, foi enxugado enquanto ainda estava com a coroa de espinhos, enquanto ainda estava vivo.
As marcas dos pregos que o perfuraram também estão lá. Foram colocados no pulso (na região conhecida como espaço de Destot), perfurando o nervo mediano, retraindo o dedo polegar até a palma da mão, o que provoca uma dor intensa. Depois de ter seus pulsos pregados, Jesus foi suspenso dolorosamente até que a viga horizontal encontrasse a viga vertical. Os pés ainda estavam soltos, seu corpo ficou seguro apenas pelos pulsos pregados.
Seu pé esquerdo ficou por cima do direito e foram pregados com um único cravo, que media cerca de 17 cm. Calcula-se que foram necessárias oito marteladas para fixar os pés na cruz. Nesta posição, respirar exigia um esforço enorme, ainda mais já tendo sofrido toda a tortura; falar então, era quase impossível. No entanto, Jesus Cristo encontrou forças para salvar o bom ladrão e lhe conceder um lugar no paraíso. Amou até o fim.
Assim como está nas Escrituras Sagradas, no Sudário consta que nenhum osso foi quebrado, mas a chaga do lado direito do peito está lá. A ciência conseguiu enxergar que, pela marca do Lençol, a lança perfurou o pulmão e o coração. Há resquícios de líquido pleural, que enchem os pulmões quando estes agonizam. Os médicos concluíram que a água de que fala as Escrituras Sagradas, era este líquido pleural que estava no pulmão, junto com o sangue, provocado pelos açoites. Calcula-se que Jesus tenha perdido em torno de dois litros de sangue entre a flagelação e crucificação.
O sangue encontrado no Sudário é do tipo AB+, exatamente o mesmo tipo encontrado no milagre de Lanciano, em que a Hóstia consagrada se transformou em carne humana e sangue(mais precisamente em tecido do coração)
O Projeto de pesquisa da Mortalha de Turim reuniu, em 1978, os quarenta melhores cientistas do mundo. Entre eles cientistas da NASA, médicos renomados, químicos, arqueólogos, etc. Apenas quatro deles eram Católicos. Os cientistas foram se convertendo durante as pesquisas.
Para nós cristãos, é impossível não reconhecer no Santo Sudário o preço que Cristo, nosso único Salvador e Redentor, em seu infinito amor ao Pai e aos homens, pagou para salvar e redimir a humanidade.
“Ilumina, Domine, vultum tuum super nos”
(“Senhor, fazei resplandecer a Vossa Face sobre nós”).
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