Instituições financeiras sofreram 282 arrombamentos nos últimos 8 anos no Ceará

Arrombamento é a forma mais recorrente que criminosos utilizaram para atacar instituições financeiras nesta década no Ceará. A técnica foi usada 282 vezes desde 2010. Assaltos saidinhas ou chegadinhas vêm em seguida na lista, que inclui, ao todo, 687 casos de violência registrados nos últimos oito anos no Estado. Os dados foram compilados pelo Sindicato dos Bancários do Ceará (Seeb-CE). 
(Foto: Arquivo/via Whatsapp O POVO)

As ações denunciam o modus operandi comum às facções criminosas, que atacam caixas eletrônicos e cofres nos prédios bancários e transportadoras de valores nas estradas. As quadrilhas flagradas e presas pelas polícias são outra evidência: estão sempre armadas com fuzis e escopetas, além de portarem munição de grosso calibre e explosivos. 


Ataques a carros-forte

No último mês de agosto, a Polícia Civil do Ceará chegou a encontrar dois fuzis calibre .50 no território cearense durante investigação de grupo criminoso de atuação interestadual no roubo de bancos e carros-forte. Conforme explicou à época Gustavo Fruet, presidente do Sniper Clube de Tiro, esse tipo de arma era originalmente usada no combate aéreo e para atravessar blindagens

Entre os criminosos, o modelo é usado principalmente para interceptar meios de transporte de valores. “Normalmente, dão um tiro no motor e param o veículo com o dinheiro. Depois, eles atacam com fuzis, pistolas e escopetas”, disse.

Ataques a bancos

No caso mais recente e também mais simbólico, grupo tentou arrombar duas agências bancárias em Milagres. O crime, antecipado pela Polícia Militar, teve troca de tiros quando os agentes e os criminosos se encontraram. O tiroteio resultou na morte de 14 pessoas – algumas no momento da ação e outras no hospital –, sendo seis inocentes, rendidos como reféns

Conforme O POVO Online mostrou na última segunda-feira, 10, 86% das cidades cearenses tiveram bancos atacados nesta década. Em números absolutos, dos 184 municípios do Estado, 158 já foram alvos ao menos uma vez. A Capital, por exemplo, contabiliza 155 ataques desde 2010. 

Fonte O Povo

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