Servidores que não dão expedientes acumulam altos salários na Câmara de Juazeiro, diz jornal.


A edição do Jornal do Cariri desta terça-feira (19) traz mais um capítulo de um provável escândalo parcialmente revelado na semana passada, no qual apontam possíveis servidores fantasmas na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, alguns deles com salário superior ao do prefeito. De acordo com a apuração do periódico semanal, o valor dos 10 maiores salários é superior a R$ 164 mil. Recebem servidores com funções como auxiliar de serviços gerais e auxiliar administrativo, com mais de R$ 13 mil cada; telefonista com R$ 14 mil; assistente administrativo com R$ 15 mil; digitador com R$ 20 mil; revisor com R$ 21 mil; e dentista com R$ 25 mil.

De acordo com o presidente da Câmara Darlan Lobo (MDB), ouvido pelo JC, na Casa trabalham cerca de 15 servidores. Além de cinco servidores cedidos à Secretaria de Meio Ambiente do Município, Demutran, Fórum e 2º BPM (Batalhão de Polícia Militar), "o restante não comparece à Casa Legislativa". Ele nega que sejam fantasmas, mas assegura que não dão expedientes. Em novembro de 2018, o ex-presidente da Câmara, José de Amélia Júnior, foi condenado pelo Tribunal de Contas do Ceará (TCE) a devolver mais de R$ 1,1 milhão aos cofres públicos.
A condenação corresponde à concessão de reajustes de forma irregular e sem parâmetros lógicos. Segundo a denúncia, feita por um vereador ao Ministério Público do Estado (MPCE), houve irregularidades administrativas envolvendo a folha de pagamento dos servidores efetivos da Câmara Municipal desde o exercício de 2012. Na denúncia, o ex-presidente teria autorizado os aumentos salariais para proporcionar descontos de empréstimos consignados na folha de pagamento dos servidores. O fato ficou conhecido como Escândalo dos Consignados e levou o ex-presidente a prisão durante um ano.
Fonte Miséria
Com Informações de Madson Vagner

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