Prefeitura de Juazeiro do Norte decreta luto oficial devido a morte do Poeta Pedro Bandeira

A Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte decreta luto oficial de três dias e hasteamento das bandeiras a meio mastro pelo falecimento do poeta, cordelista, advogado, teólogo, filósofo e cantador de viola, Pedro Bandeira Pereira de Caldas, aos 82 anos.

Cidadão juazeirense, nasceu no dia 1º de maio de 1938, no Sítio Riacho da Boa Vista, no município paraibano de São José de Piranhas, filho de Tobias Pereira de Caldas e da poetisa Maria Bandeira de França. É neto materno do famoso cantador nordestino Manoel Galdino Bandeira, de quem herdou o talento repentista.

Pedro Bandeira, que adotou a Terra do Padre Cicero para viver a maior parte da sua vida e onde faleceu, foi um dos maiores poetas populares do Brasil. Desde os seis anos de idade já fazia versos e passou a cantar profissionalmente aos 17 anos. No decorrer da sua trajetória de destaque chegou a receber o título de “Príncipe dos Poetas Populares do Nordeste”. Em 1961, mudou-se para Juazeiro do Norte, fixando residência.

O cantador profissional, também radialista e escritor, autor de mais de mil folhetos e centenas de poemas, com livros publicados e muitos LPs e CDs gravados, Pedro Bandeira pertenceu a diversas sociedades culturais, filantrópicas e recreativas, entre elas a Associação dos Violeiros, Poetas Populares e Folcloristas do Cariri – AVPPFC, da qual é o fundador. Recebeu dezenas de diplomas, medalhas de mérito, com quase duas centenas de troféus de 1º lugar, entre outros e categorias, em festivais por todo o Brasil.

 Licenciado em Letras Clássicas pela Faculdade de Filosofia do Crato, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Crato, e bacharel em Teologia pela Universidade Vale do Acaraú, Pedro Bandeira cantou para o papa João Paulo II, expresidentes Castelo Branco, Costa e Silva, João Figueiredo, Fernando Collor e José Sarney.

Pedro Bandeira foi citado e elogiado pelos intelectuais e escritores Luís Câmara Cascudo, José Américo de Almeida, Jorge Amado, Téo Brandão, Rodolfo Coelho Cavalcante, e tantos outros escritores do Brasil e do exterior.

Teve músicas gravados por Luís Gonzaga, Fagner, Luís Vieira, Alcimar Monteiro, Trio Nordestino, entre outros. Foi prefaciado por Padre Antônio Vieira, e apresentado ao Brasil pela mão de Carlos Drummond de Andrade, em crônica publicada no Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, em 1970.

 O Prefeito de Juazeiro do Norte, José Arnon Bezerra, lamenta com profundo pesar o falecimento de um dos grandes nomes da cultura nacional, e envia votos de pesar aos familiares e amigos.

Miséria




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