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Campanha de Vacinação Assaré (foto: Rycardo Alves) |
A maioria das vacinas contra a covid-19 testadas e já aprovadas necessitam de duas doses para conferir uma taxa de proteção aceitável.
Isso vale para os produtos desenvolvidos por Pfizer, Moderna, Instituto Gamaleya e os dois que são usados atualmente na campanha brasileira: a CoronaVac e a AZD1222, como explicado nos parágrafos anteriores.
Por ora, a única exceção da lista é o imunizante de Johnson e Johnson, que já fornece uma boa resposta com a aplicação de apenas uma dose.
Esses esquemas vacinais foram avaliados e definidos nos estudos clínicos das vacinas, que envolveram dezenas de milhares de voluntários e serviram para determinar a segurança e a eficácia das candidatas.
Portanto, se alguém tomar apenas a primeira dose de CoronaVac ou AZD1222 e se esquecer da segunda, não estará devidamente protegido.
"Os dados que temos mostram que a pessoa fica resguardada com duas doses. Se ela toma só uma, não completou o esquema e não está vacinada adequadamente", explica a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.
Por mais que a primeira dose já dê um pouco de proteção, essa taxa não está dentro dos parâmetros estabelecidos pelos especialistas e pelas instituições que definem as regras do setor, como a Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Outro ponto perigoso: ao receber a primeira dose (e não retornar para completar o esquema vacinal), o indivíduo corre o risco de ficar com uma falsa sensação de segurança.
Ele pode até achar, de forma absolutamente equivocada, que já está imune ao coronavírus e seguir a vida normalmente, sem os cuidados básicos contra a covid-19.
As recomendações, porém, continuam as mesmas para quem recebeu duas, uma ou nenhuma dose de vacina: todos precisam manter distanciamento físico, usar máscaras, lavar as mãos e cuidar da circulação de ar nos ambientes.
Fonte: BBC Brasil
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