Ceará lidera produção de castanha de caju no País

 
O Ceará produziu em 2020 mais de 85.177 toneladas de castanha de caju. O número representa 61,2% de toda produção do País. A Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), divulgada nesta terça-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que mesmo com uma redução de 2,83% na quantidade produzida, em relação a 2019, houve um salto de 9,44% no valor de produção que fechou o ano em R$ 280,6 milhões.

De acordo com a pesquisa, em 2020, a área ocupada com cajueiro no Brasil foi calculada em 426,1mil hectares, sendo 99,7% dessa área localizada no Nordeste. A região responde por quase toda a produção nacional da castanha de caju (99,39%).

No Ceará, dos 184 municípios, a castanha de caju foi cultivada em 153 deles (83,2%). No ano passado, o produto ocupou o terceiro lugar em área cultivada. Atrás apenas do milho e feijão, que são cultivados em quase todos os municípios.

O município de Beberibe lidera o ranking cearense com 8.745 toneladas produzidas em 2020. Em seguida, aparecem Bela Cruz (8392 toneladas), Ocara (5.770) e Cruz (4.111 toneladas).

“No Ceará, a castanha de caju ganha importância, já que o Estado é o principal
produtor brasileiro e seu cultivo traz grandes benefícios ambientais, sociais e econômicos”, explica a supervisora de Estatísticas Agropecuárias do IBGE no Ceará, Regina Dias.

Ao longo dos últimos dez anos, a produção da castanha vem tendo grandes variações. A maior produção, de 111,7 mil toneladas, foi registrada em 2011. Já a menor, com 30,9 mil toneladas, ocorreu em 2016.

Na última década, em termos de valor de produção, a produção do ano passado ficou atrás apenas da safra de 2017, que movimentou R$ 284,1 milhões. Em 2020, a castanha de caju ocupou a 6ª posição, dentre os produtos levantados pela PAM no Ceará. Está atrás do milho (em grão), tomate, feijão (em grão), banana e maracujá.

Regina destaca ainda o papel social que a castanha de caju tem no Ceará, já que de acordo com o Censo Agropecuário 2017, 49.597 estabelecimentos agropecuários cultivavam a castanha. Destes, 49% são estabelecimentos agropecuários com menos de 50 pés existentes.

“A castanha de caju ganhou interesse econômico pelo valor nutritivo das amêndoas, responsável por um crescimento da agroindústria de caju”.

Além disso, ela explica que outro subproduto importante da castanha de caju é o líquido da casca da castanha, que tem aplicação em tintas anticorrosivas, materiais à prova d’água e revestimentos de superfícies. “Constituindo-se alternativa renovável aos derivados do petróleo, além de ter potencial na produção de surfactantes, substâncias encontradas em produtos de limpeza em geral, como detergentes”

Em 2020, a amêndoa da Castanha de caju (ACC) ocupou o 1º lugar nas exportações dos principais Agronegócios Cearenses e o 4o lugar entre os principais setores das exportações cearenses, de acordo com o Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet).

Fonte: O Povo






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