Debate sobre candidatura própria ao governo ganha força no PT


Representantes de diversas correntes e setoriais internos, além de dirigentes estaduais e municipais do Partido dos Trabalhadores do Ceará decidiram, em plenária realizada na noite de ontem (13), reforçar o movimento pela candidatura própria do partido ao governo do Estado. Uma série de ações serão desenvolvidas com o intuito de garantir a formação de um palanque leal a Lula em 2022. Cerca de 200 dirigentes deliberaram, por cerca de duas horas, na sede estadual do PT, acerca da estratégia de ação para ampliar o diálogo e envolver a base do partido no processo decisório.

A primeira medida do coletivo será exigir a realização de uma reunião do Diretório Estadual do partido para discussão das eleições de 2022, lançamento de candidatura própria ao governo e composição da campanha do Lula no estado. O grupo quer ainda que o debate eleitoral seja realizado no âmbito dos diretórios municipais. “Precisamos abrir esse diálogo. O PT não tem dono; tem militância, tem responsabilidade histórica e não pode ficar subjugado dessa forma”, defendeu o deputado José Airton.

Representante da deputada Luizianne Lins, Raimundo Ângelo anunciou que a ex-prefeita está comprometida com a luta pela candidatura própria e que se engajará nas ações junto à militância. Pelas redes sociais, a deputada divulgou nota em que defende “candidatura própria do partido no nosso estado e a formação de um palanque forte e leal que garanta a eleição de Lula”.

“PT Lá e Cá”

Denominado “Movimento PT Lá e Cá”, o grupo decidiu ainda realizar um calendário de plenárias nas regiões e municípios cearenses, ampliando a campanha pela candidatura própria. Os dirigentes querem fortalecer os encontros setoriais e a conferência de formação política do partido para discutir as diversas áreas e formatar propostas que farão parte do plano de governo a ser apresentado pela candidatura própria do PT.

Para envolver a base do partido, o movimento vai propor a realização de um plebiscito com os filiados do PT, que decidiriam sobre a candidatura própria à sucessão do governador petista Camilo Santana. “Vivemos um momento decisivo da nossa história política, com a iminente volta de Lula, para derrotar o fascismo e devolver o Brasil aos Brasileiros. O PT precisa ser protagonista desse processo”, disse José Airton.

Nota de desagravo a Lula, Dilma e Haddad e de Repúdio a Ciro

Na abertura da plenária, os dirigentes petistas aprovaram, por unanimidade, moção de repúdio aos novos ataques feitos por Ciro contra os ex-presidentes Lula e Dilma. “Lula é a maior referência popular do mundo. E Dilma é uma mulher honrada. Temos de repudiar esses ataques fascistas de Ciro e Ivo”, disse José Airton. O deputado cobrou uma defesa formal por parte da direção estadual do partido: “Não podemos aceitar essa subserviência”.

Representante da corrente Diálogo e Articulação Petista (DAP), Eudes Baima afirmou que “o que está em jogo é a sobrevivência do PT” e lamentou que o partido esteja, no Ceará, submetido a um “grupo corroído e carcomido da burguesia cearense”. Representando a Articulação de Esquerda (AE), o ex-vereador Deodato Ramalho afirmou que a candidatura própria é uma “necessidade nacional” e disse que “Ciro sempre foi carrapato do poder”. “Não compreendo que ainda haja um petista no Ceará que defenda aliança com um grupo cujo objetivo é destruir o PT”, afirmou.









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