Chiquinho Feitosa é empossado senador na presença de vários aliados locais

 
O empresário Chiquinho Feitosa (DEM-CE) foi empossado senador da República. Ele exercerá o mandato por quatro meses, no lugar de Tasso Jereissati (PSDB), licenciado para organizar o PSDB no Ceará e auxiliar Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, nas prévias do partido que escolherá o candidato a presidente. Leite trava disputa interna com o governador de São Paulo, João Doria, e com o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio.

Na tribuna, Feitosa afirmou que os quatro meses como congressista são motivo de "orgulho e satisfação". "Estarei para debater, dialogar e encontrar caminhos que levem nossa sociedade a dias cada vez melhores."

Chiquinho agradeceu a confiança do senador Tasso Jereissati, "que tanto já fez pelo estado do Ceará". Ele afirmou então que terá de manter o ritmo de trabalho do amigo tucano. Aliado do grupo político que governa o Ceará, liderado pelos irmãos pedetistas Ciro e Cid Gomes, Feitosa afirmou que o Estado tem vivenciado momentos de prosperidade, "impulsionado por uma educação pública de qualidade."

"Outro fator que merece destaque é a responsabilidade fiscal. O Ceará tem avançado significativamente nos investimentos públicos, proporcionado um salto de qualidade na vida do seu povo", adicionou Feitosa, dirigindo cumprimentos aos dois senadores, Cid e Eduardo Girão (Podemos), e aos 22 deputados federais cearenses. Ele também elogiou o governador Camilo Santana (PT) como gestor sempre aberto ao diálogo.

A posse de Feitosa foi acompanhada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, casado com a irmã do agora senador, e pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins.
Uma grande "comitiva" de aliados

Uma comitiva de peso político estadual e municipal acompanhou a posse de Chiquinho Feitosa. Estiveram no plenário o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), e dois potenciais candidatos ao Governo do Ceará pelo PDT em 2022: o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), Evandro Leitão. Antônio Henrique (PDT), presidente da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), foi outro que fez questão de ir a Brasília cumprimentar pessoalmente Feitosa.

O ex-presidente do Senado, o cearense Mauro Benevides (MDB), esteve no momento da posse, assim como o deputado federal José Guimarães, principal articulador petista do Ceará, além de outros deputados federais aliados ao grupo político que administra o Estado e a Capital.

O senador Cid Gomes (PDT) iniciou fala afirmando que o governador Camilo Santana (PT) chegaria atrasado, pois estava reunido com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Ele direcionou comentários ao amigo pela atuação na político, como dirigente do DEM, e empresarial, sobretudo no campo do agronegócio.

A presença massiva de lideranças ferreiragomistas se dá num ambiente de disputa no Ceará pelo comando do União Brasil, oriundo da fusão entre DEM e PSL. O mandato de senador de Chiquinho Feitosa é também um trunfo na briga política pela direção estadual da legenda, travada com Capitão Wagner (Pros), diametralmente oposto ao grupo de Ciro e Cid.

O "superpartido" pode dar mais fôlego à provável candidatura de Capitão Wagner ao Governo do Ceará, se vier a parar nas mãos dele. Em razão dessa força, é do interesse do PDT que o lado DEM do União Brasil se sobreponha ao PSL, de modo que o novo partido fique na aliança estadual. Apesar da queda de braço nos bastidores, Wagner foi ao Senado prestigiar Feitosa, com quem tem boa relação.

Fonte: O Povo






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