Ex-candidata a vereadora acusada de associação criminosa e tráfico de drogas vai a julgamento

 

A ex-candidata a vereadora Débora Costa Bezerra e seu comparsa Michel Franklin Gomes Higino vão a julgamento na Justiça cearense. A reportagem apurou que foi designada audiência de instrução e julgamento para o dia 24 de março de 2022, a partir das 9h. Ainda não há informações se a sessão será realizada presencialmente ou não.

Ambos foram presos em Santa Quitéria, no Interior do Ceará, em novembro de 2020. A dupla é acusada pelos crimes de tráfico de drogas e associação criminosa. Michel ainda foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por posse ilegal de arma de fogo.

Anteriormente, a sessão estava prevista para acontecer no dia 5 de outubro deste ano. Porém não se realizou porque o magistrado da Vara de Organizações Criminosas estava de férias e não foi possível contato com o outro juiz designado para responder o titular durante este período.

No início de setembro, a reportagem chegou a noticiar que a defesa dos réus alegavam que eles não tinham passado por audiência de custódia e mesmo após quase um ano das prisões não foram ouvidos no Judiciário. O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a realização de audiência de custódia em caráter de urgência, que aconteceu uma semana após veiculação da matéria.

ACUSAÇÕES

Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), no fim de 2020, dois homens que trafegavam em uma motocicleta portando uma pistola municiada e uma pequena quantidade de cocaína foram capturados. Um deles era Michel e o outro Luciano Lúcio da Costa, com antecedentes criminais por violação de domicílio e roubo.

Eles teriam dito aos agentes que voltavam da residência da então candidata Débora Costa Bezerra, conhecida na cidade como DJ Débora. Os policiais foram até a casa da mulher e lá encontraram 745 gramas de maconha, 65 gramas de cocaína, 150 gramas de um pó branco usando para desdobramento da droga, dois aparelhos celulares, um notebook, uma quantia em dinheiro, além apetrechos para comercialização de entorpecentes.

Na época, Débora concorria ao cargo de vereadora e junto aos seus comparsas estaria ‘arquitetando’ atentados no decorrer da noite, "dentre os quais seriam homicídios contra um indivíduo de nome Zé Mendonça, bem como contra o atual prefeito da cidade e candidato a reeleição.

De início, o processo foi encaminhado para a 1ª Vara da Comarca de Santa Quitéria, mas após acusação do órgão ministerial ficou decidida a transferência para a Vara Especializada em Delitos de Organização Criminosa, em Fortaleza. A reportagem não localizou os advogados dos réus.

Fonte: DN





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