Depois do transplante, os médicos analisaram as causas que poderia ter resultado no mau funcionamento do fígado e logo confirmaram que havia sido hepatite medicamentosa.
Esse é um caso semelhante ao que aconteceu com a enfermeira Maria Abreu, de 42 anos. A enfermeira do Hospital Santa Joana foi internada com hepatite após tomar cápsulas de um chá emagrecedor. No entanto, ela morreu na última sexta-feira (4), em São Paulo, após sofrer a rejeição de um transplante de fígado.
BUSCA POR EMAGRECIMENTO
A decisão de tomar um remédio ocorreu depois que Janyne descobriu que tinha um casamento para ir. "Queria dar uma secada rápida. Não fazia dieta, nunca fui de fazer isso, sempre tive um corpo atlético, mas tinha uma barriguinha que me incomodava".
Então, quando sua amiga explicou que estava fazendo um acompanhamento com um nutrólogo, que tinha passado um remédio manipulado para emagrecer, a servidora pública logo pegou a receita. Ficou manipulando a medicação por volta de 20 dias, mas parou depois de não ver resultado.
"Um mês depois, comecei a sentir uma indisposição, um enjoo, achei estranho e procurei um médico. Fiz um exame de sangue e quando saiu o exame de sangue apareceu essa hepatite, uma inflamação no meu fígado e a gente foi investigar qual poderia ser a causa"JANYNE LUNAServidora Pública
Depois de quase um mês de investigação, enquanto fazia tratamentos para tentar alguma reação de seu fígado, precisou ser listada para o transplante. "A gente não fechava o diagnóstico e também não melhorava", detalha.
HEPATITE MEDICAMENTOSA
As causas foram descobertas depois de um mês e meio do início do transplante. "Foi feita uma biópsia no meu fígado antigo e nessa biópsia foi que constatou que era mesmo uma hepatite medicamentosa", detalhou Janyne.
Os médicos lhe perguntaram se ela havia tomado algo e, depois de olhar seus remédios, lembrou que havia tomado um medicamento quando copiou a receita da amiga. "Na fórmula desse remédio tinha uma tal de 'maca peruana' e a equipe médica do transplante atribuiu o meu transplante a essa maca peruana", declarou.
Quando foi liberada para fazer atividades físicas, descobriu que existiam campeonatos para transplantadas e declarou que não queria parar de fazer exercícios. "Não é porque fui transplantada, que vou parar de fazer isso".
Fonte: Diário do Nordeste
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