Um território que foi palco de uma das mais sangrentas batalhas das tropas lideradas por Joaquim Pinto Madeira (1783-1834), na divisa Antonina do Norte e Assaré, entre os anos de 1831 e 1832, durante o período regencial, foi reconhecido, no fim de março, como sítio arqueológico histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) - o primeiro da região do Cariri e apenas o terceiro do Ceará.
Estruturação
Com o reconhecimento do Iphan, o historiador de Antonina do Norte, Jardel Soares, espera que a oficialização do sítio proporcione turismo ecológico e geração de renda. "Hoje não é visitado. Grande parte da população não tem conhecimento. Por isso, a gente buscou reconhecê-lo. Para preservar o local. Nosso intuito é tornar público, receber visitas de universidades, escolas. Dotar o local de infraestrutura básica", projeta Jardel.]
Apesar de ganhar o reconhecimento, o sítio arqueológico convive, lado a lado, com um lixão ao ar livre. “Este é o maior problema e a gente vê em forma de denúncia. Não pode ficar daquele jeito. Desafiamos o município a resolvê-lo”, enfatiza Agnelo. Em 2018, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) entrou com uma ação civil pública para a retirada do lixão.
A boa notícia é que o poder público já tem um projeto para instalação de um aterro sanitário, que será viabilizado através de consórcio público com mais seis municípios: Assaré, Campos Sales, Salitre, Araripe, Potengi e Tarrafas. O equipamento será instalado em Assaré. Em cada um deles, além de desativar os lixões, será criada uma Central de Triagem de resíduos, como detalhou o procurador-adjunto de Antonina do Norte, Alexandre Arrais.
O recurso de aproximadamente R$ 340 mil foi conquistado através cota anual de receitas do ICMS, entregues graças a nota máxima no Índice de Qualidade do Meio Ambiente (IQM). Este valor será somado ao dos outros seis municípios pra a construção do aterro. “Ainda está no processo de elaboração do projeto”, ressalta Alexandre.
Fonte DN
0 Comentários