Em uma audiência de custódia no Tribunal de Justiça de Roraima, o tratamento humanizado oferecido ao jovem Luan Gomes, de 20 anos, causou polêmica após perfis bolsonaristas nas redes sociais compartilharem o vídeo do ocorrido.
A audiência de custódia, momento em que o Judiciário avalia a legalidade de uma prisão em flagrante, geralmente segue um protocolo que foca em aspectos formais da detenção, sem abordar o mérito do processo. No entanto, o caso de Luan Gomes chamou a atenção devido ao tratamento diferenciado que recebeu durante a audiência.
Luan, recebido pela juíza Lana Leitão Martins, teve suas algemas retiradas, o ar-condicionado desligado e foi oferecida uma xícara de café, além de um casaco para aplacar o frio. O vídeo da audiência circulou amplamente nas redes sociais, levantando questionamentos sobre a adequação do tratamento e reacendendo debates sobre a humanização do sistema penal.
A magistrada, com 20 anos de experiência na área criminal, é conhecida por seu trabalho no Tribunal do Júri, lidando com casos de crimes dolosos contra a vida. O Tribunal de Justiça de Roraima, ao ser procurado pelo Estadão, afirmou que as audiências de custódia devem ocorrer em "condições adequadas para o custodiado", conforme estabelecido pelo CNJ e respeitando os princípios dos direitos humanos.
O episódio reacendeu debates sobre a humanização do sistema judicial e a aplicação das audiências de custódia, destacando a necessidade de equilíbrio entre o respeito aos direitos humanos e a segurança pública. ASSISTA O VÍDEO ABAIXO.
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