DRA. VALESCA
O Relato de uma Mãe no Cariri Shopping
Uma mãe levou seus filhos para um passeio no Cariri Shopping, onde estavam montadas decorações natalinas e brinquedos infantis, como um carrossel. No entanto, ao tentar proporcionar esse momento de lazer ao seu filho, que possui uma condição neurológica e precisa de apoio para sustentar a cabeça, foi surpreendida pela negativa de um funcionário do parque. A justificativa era que, por não conseguir se manter sentado sem apoio, o menino não poderia participar.
O relato dessa mãe, emocionado e cheio de indignação, trouxe um alerta importante sobre a falta de preparo e sensibilidade em ambientes de lazer. “Hoje, me senti destruída por dentro. O direito do meu filho de se divertir foi negado, e é doloroso ver que muitas pessoas ainda não entendem a importância da inclusão,” desabafou.
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A acessibilidade é um direito garantido por lei no Brasil. O Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) assegura a igualdade de condições e oportunidades em diversas áreas, incluindo o lazer. Negar o acesso a uma criança por conta de suas limitações físicas não apenas fere a lei, mas também desrespeita o princípio básico de humanidade e empatia.
Nesse contexto, é fundamental que gestores de espaços como shoppings e parques infantis sejam sensibilizados e capacitados para atender crianças com necessidades específicas. Isso inclui a adaptação de brinquedos e a formação de equipes para lidar com situações que envolvam diferentes condições de saúde.
A Luta de Uma Mãe e a Inspiração Para Outros
Dra. Valesca, que também é mãe de uma criança atípica com condições neurológicas, compartilha a luta por inclusão. Sua trajetória é inspiradora: ela decidiu cursar uma graduação na área da saúde para entender melhor a condição do filho e ajudar outras famílias que enfrentam desafios semelhantes. Sua história reforça a importância do engajamento na busca por uma sociedade mais inclusiva.
“Quando começou com meu filho, percebi que precisávamos de mais apoio e informações. Isso me motivou a estudar e a lutar por inclusão, não apenas para ele, mas para todas as crianças que enfrentam essas dificuldades,” compartilhou.
A Necessidade de Sensibilização e Mudanças
O episódio no shopping é apenas um exemplo de como a sociedade ainda precisa avançar em questões de acessibilidade e inclusão. A inclusão começa pelo reconhecimento da diversidade e pela criação de um ambiente onde todas as pessoas, independentemente de suas limitações, possam desfrutar de seus direitos plenamente.
Ações como campanhas de conscientização, treinamentos para funcionários de espaços públicos e a implementação de políticas inclusivas são passos essenciais. Além disso, o apoio de todos – desde familiares até gestores e membros da comunidade – é indispensável para transformar situações como essa em um futuro onde nenhuma criança seja privada de sorrir em um carrossel.
“Inclusão social não é um favor, é um direito. A sociedade deve se unir para garantir que todas as crianças, sem exceção, tenham momentos de felicidade e lazer,” finaliza a mãe, reforçando sua luta para que a história de seu filho inspire mudanças positivas em Juazeiro e além.
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