PF abre processo disciplinar contra Eduardo Bolsonaro por atuação nos EUA.

 


A Polícia Federal (PF) instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. A medida foi motivada por uma representação do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), que pediu apuração de possíveis crimes contra a soberania nacional e o Estado Democrático de Direito.

Eduardo é escrivão licenciado da PF para exercer o mandato parlamentar. Caso o PAD avance, as penalidades podem variar de advertência, suspensão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, até demissão. Em situações mais graves, como a demissão, a Lei da Inelegibilidade prevê que o servidor se torne inelegível por até oito anos. O procedimento ainda pode ser arquivado, anulado ou prescrever, dependendo da apuração.

Acusações levantadas

No pedido, Boulos defendeu a exoneração de Eduardo Bolsonaro, alegando que o parlamentar teria cometido:

  • Coação no curso do processo;

  • Obstrução de investigação envolvendo organização criminosa;

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

  • Crimes contra a soberania nacional.

O PAD tramita em sigilo na Corregedoria da PF.

Atuação nos EUA

Conhecido como o “03” da família Bolsonaro, Eduardo está nos Estados Unidos desde fevereiro. Segundo ele, a viagem tem dois objetivos: buscar apoio junto ao ex-presidente Donald Trump em favor de uma anistia para investigados dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, e pressionar por sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O caso adiciona um novo capítulo às tensões políticas em torno da família Bolsonaro e às repercussões das condenações ligadas ao episódio de 8 de janeiro.








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