O resultado foi histórico: Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado, além de multa superior a R$ 349 mil. Outros sete aliados também receberam penas que vão de 2 a 26 anos de prisão, a depender do grau de envolvimento.
Entre os condenados estão ex-ministros, militares de alta patente e figuras próximas ao ex-presidente. O general Walter Braga Netto recebeu a segunda pena mais alta, 26 anos e 6 meses, enquanto o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier foram sentenciados a 24 anos cada. Já o ex-chefe do GSI, general Augusto Heleno, foi condenado a 21 anos, e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira a 19 anos.
Outro destaque foi a condenação de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e deputado federal, que pegou 16 anos, 1 mês e 15 dias. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, delator do caso, recebeu a pena mais branda: 2 anos em regime aberto, beneficiado por sua colaboração premiada.
As condenações ainda não resultam em prisão imediata, pois cabem recursos. No entanto, os ministros já determinaram aplicação de multas que, somadas, chegam a milhões de reais, além da possibilidade de perda de patentes militares e cargos públicos.
A decisão reforça a gravidade do caso e marca um dos momentos mais duros da Justiça brasileira contra ataques à democracia.
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