Uma megaoperação das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, realizada com o objetivo de conter o avanço da facção Comando Vermelho, terminou em uma das ações mais letais da história do estado. De acordo com balanço preliminar, 64 pessoas morreram — sendo 60 suspeitos e quatro policiais —, número que pode chegar a mais de 100 vítimas segundo relatos de moradores e equipes de resgate.
A ofensiva ocorreu nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio, e envolveu cerca de 2,5 mil agentes, além da participação de promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro. O foco principal era o cumprimento de centenas de mandados de busca e apreensão. Até o momento, 81 suspeitos foram presos.
Durante toda a madrugada desta quarta-feira (29), os moradores viveram momentos de desespero em meio a tiroteios intensos. Imagens registradas por celulares mostram pessoas tentando retirar corpos de vítimas e buscar abrigo em meio à movimentação de veículos blindados pelas vielas.
No início da manhã, corpos foram levados da Vila Cruzeiro até a Praça São Lucas, nas proximidades do Complexo da Penha. Muitos apresentavam marcas de tiros, e a Defesa Civil foi acionada para atuar na remoção dos corpos e prestar apoio às famílias.
Em reação à megaoperação, traficantes incendiaram ônibus e bloquearam vias importantes da cidade, usando os veículos como barricadas. Segundo a polícia, criminosos também lançaram bombas por drones e fugiram pela parte alta das comunidades, dificultando o trabalho das forças de segurança.
O governador Cláudio Castro determinou reforço no policiamento em todo o estado, com foco especial nas zonas Norte e Oeste, nas vias expressas e nos acessos à Região Metropolitana.
O atendimento às famílias das vítimas está sendo realizado no prédio do Detran, ao lado do Instituto Médico Legal (IML), no centro da capital.
A megaoperação reacendeu o debate sobre a política de segurança pública no Rio de Janeiro e o impacto das ações policiais nas comunidades. Nas redes sociais, circulam relatos de pânico, indignação e pedidos de investigação sobre a conduta das forças de segurança durante a operação.


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