O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, nesta quinta-feira (16), a retomada das investigações sobre possível interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Polícia Federal. A decisão, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para dar continuidade às diligências no inquérito.
As investigações, originalmente abertas pela própria PGR, buscam apurar se Bolsonaro cometeu crimes como falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de justiça e corrupção passiva privilegiada.
A origem do caso remonta às denúncias feitas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que, ao deixar o cargo em 2020, afirmou que o então presidente tentava influenciar politicamente a atuação da Polícia Federal, interferindo em investigações sensíveis a aliados e familiares.
Em 2022, a primeira fase das apurações foi concluída sem comprovação de irregularidades, o que levou o então procurador-geral Augusto Aras a solicitar o arquivamento do caso. No entanto, com a nova determinação do STF, as investigações serão reabertas, e novas diligências deverão ser conduzidas para apurar possíveis indícios que não foram analisados anteriormente.
A decisão reforça o entendimento de que nenhum agente público, independentemente de cargo ou posição, está acima da lei, e mantém o ex-presidente no centro de um dos inquéritos mais polêmicos de sua gestão.
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