Deficiência estrutural e falta de atendimento médico preocupam comissão sobre cela de Bolsonaro.


Uma comitiva de senadores da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado visitou, nesta segunda-feira (17), a Penitenciária da Papuda, em Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro poderá cumprir a pena de 27 anos e três meses de prisão, caso seja mantida a condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes relacionados à tentativa de golpe.

A visita foi liderada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e contou ainda com a participação dos senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Izalci Lucas (PL-DF) e Márcio Bittar (União-AC). O objetivo foi avaliar as condições da cela reservada ao ex-presidente.

Segundo o relatório apresentado pelo grupo, o espaço destinado a Bolsonaro enfrenta problemas estruturais e de atendimento que podem comprometer sua saúde — já fragilizada desde a facada sofrida em 2018. Entre os pontos citados, estão superlotação, ventilação insuficiente, espaço físico limitado, precariedade na higiene, restrições alimentares e atendimento médico emergencial considerado inadequado.

O documento elaborado pela equipe da CDH ainda traz observações feitas pela Defensoria Pública do Distrito Federal, que classificou a cela como “deficiente”, com falta de itens básicos de cuidado e dificuldades para respostas rápidas em emergências, especialmente envolvendo idosos ou pessoas com doenças graves.

Damares Alves afirmou que a comissão encontrou situações que, segundo ela, “precisam ser analisadas com muito cuidado”, destacando a necessidade de atenção especial ao estado de saúde do ex-presidente.

A comissão aguarda agora autorização do ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo no STF, para realizar uma vistoria presencial na cela destinada especificamente a Bolsonaro. 












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