A Polícia Civil parece não ter mais dúvidas sobre a conotação
política no crime de pistolagem que vitimou o ex-prefeito de
Granjeiro, João Gregório Neto, de 54 anos, o “João do Povo”
(PSD). Ele foi morto com três tiros nas costas quando fazia
cooper na manhã do último dia 24 de dezembro na parede do Açude Junco perto de sua casa. O principal suspeito da autoria
intelectual seria o ex-prefeito da cidade, Vicente Félix da Silva,
o Vicente Tomé, que está tornozelado e nega qualquer
participação.
Delegados e inspetores atuam na montagem do quebra-cabeça
em nome da completa elucidação para que o Inquérito Policial
possa ser remetido ao Ministério Público e Poder Judiciário
com os devidos indiciamentos e provas robustas. Na tarde desta
terça-feira a Polícia Civil prendeu mais um suspeito de
envolvimento na morte do ex-prefeito de Granjeiro. Trata-se do
comerciante José Plácido da Cunha, de 53 anos, o “Castelo
Tomé”.
Ele é irmão de Vicente e tio do atual prefeito Ticiano Tomé,
que assumiu com a vacância no cargo. Castelo estava na sua
casa em Fortaleza quando os policiais chegaram para dar
cumprimento a um mandado de prisão temporária. Ele também
é político e já disputou, sem êxito, uma vaga na Câmara
Municipal de Granjeiro e na Assembleia Legislativa do Ceará.
Hoje, na Superintendência da Polícia Civil na capital será
concedida entrevista à Imprensa informando sobre a
participação de Castelo.
No curso das investigações a polícia pediu as prisões de
Vicente Tomé e do seu filho e atual prefeito Ticiano, mas a
justiça não concedeu. Ao pai deste, optou por uma cautelar que
resultou no monitoramento eletrônico por meio de uma
tornozeleira. Dois carros usados na trama já foram apreendidos
e a polícia procura o autor da execução contra quem já teria o
mandado de prisão preventiva decretado pela justiça.
Fonte Miséria
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