O vereador Gabriel Aguiar (PSOL) denunciou, nesta quarta-feira (24), possíveis irregularidades no processo de licenciamento ambiental de uma obra em andamento nas proximidades do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza. Segundo o parlamentar, o laudo que embasou a autorização da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) seria “fraudulento”, por não considerar os estudos obrigatórios previstos em lei.
Divergência sobre estágio da vegetação
Aguiar destacou que a área atingida pela obra apresenta árvores de grande porte e características de estágio avançado de regeneração da floresta. No entanto, o documento expedido pela Semace teria classificado a vegetação como de estágio inicial ou médio de sucessão ecológica, categoria que permite a supressão de árvores para a realização de empreendimentos.
Risco à preservação ambiental
Em entrevista ao Vertical, o vereador alertou para o risco de que uma área de preservação permanente seja destruída com base em laudos que, segundo ele, não refletem a realidade ambiental do local. A denúncia levanta questionamentos sobre a lisura do processo e a responsabilidade dos órgãos ambientais na defesa do patrimônio natural da capital cearense.
Próximos desdobramentos
A denúncia deve repercutir entre movimentos socioambientais e pode gerar pedidos de investigação por parte do Ministério Público e demais órgãos de fiscalização.
A Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace) anunciou que irá investigar o manejo da fauna realizado pela empresa Aerotrópolis Empreendimentos antes da derrubada de 32 hectares da chamada Floresta do Aeroporto, em Fortaleza.
A informação foi confirmada pelo titular da pasta, João Gabriel Rocha, em entrevista à rádio O POVO CBN na manhã desta quarta-feira (24). Segundo ele, o órgão ambiental irá apurar se a empresa responsável pelo empreendimento tomou as devidas precauções para garantir a preservação dos animais que habitavam a área desmatada.
Desde a derrubada, imagens de animais silvestres invadindo espaços públicos e residenciais, supostamente oriundos da região desmatada, têm circulado nas redes sociais, levantando preocupações sobre os impactos ambientais da obra.
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