Após seis anos, CGD absolve PMs investigados por operação que terminou em 14 mortes em Milagres.


A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) absolveu três policiais militares envolvidos no episódio que ficou conhecido como “Tragédia de Milagres”, ocorrido em 2018, no Cariri cearense.

Foram absolvidos o sargento Sandro Ferreira Alves e os soldados Elienai Carneiro dos Santos e José Maria de Brito Pereira Júnior. A decisão, publicada no Diário Oficial do Estado, concluiu pela ausência de provas que demonstrassem a participação dos agentes em condutas irregulares.

Decisão e fundamentação

De acordo com o documento, não há elementos suficientes que sustentem as acusações de infração funcional ou abuso de poder. O Juízo da Vara Única de Milagres reforçou a mesma conclusão, destacando a insuficiência de provas para responsabilizar os militares.

O caso teve grande repercussão à época, após uma ação policial contra uma quadrilha que atacava agências bancárias na BR-116, no município de Milagres. Durante o confronto, criminosos fizeram reféns, e o tiroteio resultou na morte de 14 pessoas, entre elas seis reféns e oito suspeitos.

Conclusão da CGD

Apesar da denúncia apresentada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) em 2019, que atribuía aos policiais condutas de imprudência e negligência, a Controladoria considerou que não foram apresentadas provas concretas que comprovassem as acusações. Assim, o processo administrativo foi arquivado e os policiais foram absolvidos de todas as infrações disciplinares.

A decisão encerra um dos capítulos mais polêmicos da segurança pública cearense, marcado por dor, debate e questionamentos sobre os protocolos de atuação em confrontos armados. 









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