Em meio à megaoperação policial que deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, um nome voltou a ganhar destaque entre investigadores e autoridades: Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, conhecido no submundo do crime como “BMW”.
Longe de ser apenas mais um operador do tráfico, BMW é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Civil como instrutor de atiradores e executores do Comando Vermelho (CV) — o homem responsável por treinar a linha de frente da facção que desafia as forças de segurança nas comunidades.
O mentor da militarização do crime
De acordo com relatórios sigilosos em posse das autoridades, BMW lidera um programa contínuo de treinamento militar nas áreas de mata e pedreiras do Complexo da Penha, justamente o território onde as forças policiais concentraram a Operação Contenção nesta semana.
Os exercícios, conforme apurado, envolvem tiros com fuzis e armas de guerra, táticas de ataque e recuo em áreas de mata, técnicas de emboscada, além de uma rígida disciplina interna mantida com extrema violência. Relatos indicam que ele é chefe do chamado “Grupo Sombra”, célula responsável por execuções, torturas e “tribunais” internos dentro da facção.
A brutalidade como método
Procurado e temido
Com 32 anos, BMW tem uma extensa ficha criminal e é procurado pela Justiça por vários homicídios. Ele ganhou notoriedade nacional após ser denunciado pela execução de três médicos, assassinados a tiros em um quiosque na Barra da Tijuca, em outubro de 2023 — crime cometido por engano, após os executores confundirem as vítimas com milicianos.
Fontes policiais apontam que ele era um dos principais alvos da Operação Contenção. No entanto, até o momento não há confirmação oficial de sua morte ou prisão, o que levanta a hipótese de que tenha escapado do cerco durante o intenso confronto armado que marcou a ação.
Enquanto a operação segue sendo analisada por órgãos de segurança e direitos humanos, BMW permanece como símbolo da nova face da criminalidade carioca: uma estrutura cada vez mais militarizada, brutal e treinada para a guerra urbana.


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