“Doca”, número 2 do Comando Vermelho, escapa de megaoperação que deixou 119 mortos no Rio de Janeiro.


Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, apontado como o número 2 do Comando Vermelho (CV), conseguiu escapar de uma megaoperação conjunta das polícias Civil e Militar realizada na última terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.

A ação, considerada a mais letal da história do Brasil, resultou em 119 mortes, sendo 58 apenas no primeiro dia de confrontos — entre eles, 54 suspeitos e quatro policiais. O objetivo da operação era desarticular o núcleo estratégico da facção criminosa e capturar seus principais líderes, incluindo Doca.

Doca é considerado um dos criminosos mais perigosos do país, com mais de 100 homicídios atribuídos a ele. Além disso, possui mais de 20 mandados de prisão em aberto e é foragido do sistema prisional.
Segundo as investigações, ele exerce forte influência sobre as ações do Comando Vermelho no Rio e em outros estados, atuando na coordenação de assassinatos, tráfico de drogas e domínio territorial em áreas controladas pela facção.

A operação envolveu centenas de agentes, helicópteros e veículos blindados. Apesar do alto número de mortos, as forças de segurança não conseguiram capturar os principais alvos, incluindo Doca.

A ação foi duramente criticada por organizações de direitos humanos e defensores públicos, que classificaram o episódio como “tragédia humanitária”. O governo federal acompanha o caso de perto, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocar ministros para discutir a crise de segurança no Rio. 









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