O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião de emergência na manhã desta quarta-feira (29/10), no Palácio da Alvorada, para discutir a crise de segurança pública no Rio de Janeiro, um dia após a megaoperação policial que resultou em dezenas de mortos nas comunidades dos complexos do Alemão e da Penha.
Participam da reunião o vice-presidente Geraldo Alckmin, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Sidônio Palmeira (Comunicação Social), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania).
De acordo com informações oficiais, a operação da Polícia Civil e Militar deixou 64 mortos e 81 presos, mas moradores relatam que o número de vítimas pode ultrapassar 100, após a retirada de dezenas de corpos durante a madrugada.
Na manhã desta quarta, moradores empilharam cerca de 60 corpos na Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, uma das principais vias da região. Segundo relatos, os corpos foram levados ao local por familiares e vizinhos, que tentavam chamar atenção para a gravidade da situação.
Em nota, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) afirmou ter tomado conhecimento da presença dos corpos e que as circunstâncias estão sendo apuradas. O governo estadual confirmou que ao menos 64 pessoas foram mortas em confronto, durante a ação que contou com 2,5 mil agentes das forças de segurança.
A operação tinha como objetivo conter o avanço territorial da facção Comando Vermelho, mas rapidamente se transformou em uma das mais letais da história do estado, gerando forte comoção e repercussão nacional.
Lula, que retornou de viagem à Ásia na noite de terça-feira (28), conversou por telefone com o ministro Rui Costa e determinou o acompanhamento direto da crise.
Segundo fontes do Palácio do Planalto, o governo estuda enviar uma comitiva ao Rio de Janeiro para avaliar a situação e oferecer apoio às autoridades locais. A prioridade, segundo interlocutores, é garantir a segurança dos moradores e a transparência nas investigações sobre as mortes.


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