De acordo com as investigações, os criminosos se passavam por líderes religiosos nas redes sociais, prometendo “trazer o amor de volta” e resolver problemas pessoais por meio de supostos “trabalhos espirituais”. As vítimas, geralmente em momentos de fragilidade emocional, eram submetidas a um processo de manipulação psicológica que envolvia ameaças e chantagens para continuar pagando os rituais.
Operação em quatro cidades paulistas
A operação contou com a participação de 120 policiais civis que cumpriram mandados de busca e apreensão e de prisão temporária nas cidades de São Paulo, Itapevi, Cotia e Jacareí. Até o momento, oito pessoas foram presas, incluindo o líder do grupo, identificado como Pai Hugo de Oxalá, apontado como o “pai de santo” chefe da quadrilha.
Durante as ações, foram apreendidos um veículo, diversos celulares e bloqueadas as contas bancárias dos investigados.
Investigação e denúncia da vítima
A investigação foi conduzida pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas (RS), com apoio do Ciberlab/Diopi/Senasp, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, e da Polícia Civil de São Paulo.
O caso começou a ser investigado após a denúncia de uma mulher que, abalada pelo término de um relacionamento, procurou ajuda espiritual nas redes sociais. Ela encontrou um perfil de uma suposta “mãe de santo” e foi induzida a realizar depósitos sucessivos para a realização de rituais que nunca se concretizaram.
As autoridades destacam a importância de desconfiar de promessas milagrosas feitas pela internet e de sempre buscar informações sobre a veracidade de perfis e serviços espirituais antes de realizar qualquer pagamento.
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