O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se pronunciou neste sábado (24) sobre a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, criticando duramente a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o parlamentar, a medida integra uma “sanha persecutória” contra o pai e seus aliados.
Eduardo afirmou que o ex-presidente enfrenta “meses de crises de soluço” e episódios de vômito, com risco de broncoaspiração, e argumentou que o quadro clínico torna improvável qualquer tentativa de fuga. Ele também ressaltou que Bolsonaro estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica e sob constante vigilância do Estado.
O deputado contestou ainda um dos pontos citados por Moraes ao converter a prisão domiciliar em preventiva: a proximidade da residência do ex-presidente com a Embaixada dos Estados Unidos, apontada como possível rota de evasão. Para Eduardo, essa justificativa carece de lógica e reforça, segundo ele, o caráter político da decisão.
Outro ponto criticado foi a interpretação de que a vigília religiosa convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) poderia ter sido utilizada como estratégia para tumultuar o cumprimento das medidas judiciais. Eduardo disse temer que esse entendimento seja usado para atingir politicamente o irmão, cotado como possível candidato à Presidência.
Encerrando a declaração, o parlamentar comparou o cenário brasileiro ao da Nicarágua, afirmando não haver “qualquer possibilidade de justiça” vinda do STF — o que amplia o embate retórico entre aliados do ex-presidente e o Supremo Tribunal Federal.
A defesa de Jair Bolsonaro ainda não se manifestou sobre as declarações do deputado.
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