A Câmara dos Deputados decidiu, na noite desta quarta-feira (10) e madrugada de quinta-feira (11), aplicar uma suspensão de seis meses ao deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), rejeitando a proposta de cassação. A medida foi aprovada por 318 votos a 141, com três abstenções. O parlamentar era acusado de ter agredido Gabriel Costenaro, integrante do MBL, durante uma manifestação no Congresso ocorrida em abril do ano passado.
A suspensão surgiu como alternativa à cassação em um destaque apresentado por Lindbergh Farias (PT-RJ) e recebeu apoio de partidos como PSD e MDB. Mesmo parlamentares que divergem politicamente de Glauber consideraram a cassação excessiva, avaliando que a suspensão seria suficiente para preservar o decoro parlamentar sem extinguir o mandato. Emocionado, o deputado afirmou que reagiu após ouvir ofensas dirigidas à sua mãe, então internada em estado grave na UTI, e classificou o processo de cassação como “uma violência”.
A votação ocorreu após um dia de tensão. Na véspera, Glauber ocupou a cadeira da presidência da Câmara em ato de protesto e acabou sendo removido à força por policiais legislativos, junto das deputadas Sâmia Bomfim e Célia Xakriabá. O episódio teve grande repercussão e levou à interrupção da transmissão da TV Câmara.
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