As unidades prisionais de Juazeiro do Norte e região do Cariri enfrentam um cenário crítico de superlotação. A Unidade Prisional Regional do Cariri, por exemplo, abriga atualmente 1.220 detentos, em um espaço projetado para 725 vagas. Isso representa quase o dobro da capacidade original.
Na região, as prisões masculinas registram 67% de ocupação acima do limite, enquanto a unidade feminina do Crato é a única que se mantém abaixo da capacidade, com 77% de ocupação.
Para tentar enfrentar a situação, a Defensoria Pública do Ceará inaugurou o Núcleo de Situação Carcerária do Cariri, com foco na redução da população prisional e na busca de soluções alternativas.
Problema vai além do Cariri
O desafio, no entanto, não se restringe apenas à região. Em todo o estado do Ceará, há quase 24 mil presos para cerca de 17 mil vagas, o que significa uma superlotação de 39% em relação à capacidade instalada.
A criação do núcleo específico no Cariri reflete a preocupação crescente com as condições do sistema prisional e a necessidade de medidas urgentes para garantir os direitos humanos e melhorar a administração penitenciária.
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